É gripe ou resfriado?


Os sintomas confundem e o diagnóstico correto é importante para o tratamento adequado




Espirros, tosse, coriza e mal-estar são sintomas característicos das doenças de outono e inverno. Alguns deles aparecem de um dia para o outro, debilitando nossas crianças e nos deixando de cabelos em pé. Porém, você sabe diferenciar quando é gripe ou resfriado? No texto de hoje eu vou explicar um pouco mais sobre os dois tipos e como identificar os sintomas entre uma e a outra.



Gripe:
Já falei sobre ela em alguns textos anteriores, mas é importante reforçar quais são os sintomas, diagnóstico e tratamentos, além da importância da vacina para minimizar as possibilidades de contágio.  

A gripe é uma infecção provocada pelo vírus da família influenza, que sofre mutações todos os anos, por isso a importância da vacinação em crianças, idosos e grupos de riscos, pois estamos falando de algo sério e de fácil proliferação. Quando vacinamos as crianças, além de diminuir consideravelmente as chances de infecção, quando as mesmas ocorrem, os sintomas são mais brandos e de fácil tratamento.

As infecções provocadas pela gripe são consideradas entre moderas a crônicas e as consequências dela depende muito da imunidade do paciente. Os sintomas são parecidos com os de outras doenças, com episódios de febre, congestão nasal, mal-estar, dores de garganta, tosse e procrastinação (vontade de não fazer nada).

O diagnóstico, geralmente, se dá por meio de análise clínica e laboratorial, além da avaliação médica sobre as condições gerais da criança. Depois de constatada a infecção, o especialista médico pode indicar o uso de medicamentos analgésicos, antitérmicos e anti-inflamatórios para aliviar os desconfortos. Siga à risca as indicações do especialista, não aumente ou diminua a dosagem, tempo de intervalo da medicação, para evitar que a gripe evolua para quadros crônicos e possibilite o desenvolvimento de outras doenças como pneumonia, por exemplo.

Para minimizar o mal-estar é importante manter repouso, lavar as vias aéreas com soro fisiológico, tomar muita água (hidratação) e evitar exposição em locais fechados e ou com grande concentração de pessoas. Nunca automedique a criança!



Resfriado:
Não muito diferente da gripe, o resfriado apresenta sintomas similares com o de outras doenças respiratórias, com quadros de mal-estar, tosse e coriza. O que muda são as infecções provocadas por múltiplos vírus como Rinovírus, Adenovírus e Parainfluenza. O resfriado não provoca febre e o diagnóstico acontece por meio de análise clínica e laboratorial quando necessária.
Entre os medicamentos indicados estão os de cunho analgésicos e anti-inflamatórios para aliviar os sintomas. Repouso, ingestão de água, observação nas condições gerais da criança são importantes para mantê-la resguardada de outras possíveis infecções de maior importância. Evite locais fechados e com muita aglomeração, pois no outono e inverno as doenças respiratórias são comuns e de fácil contágio.







Identifique quando é febre alta:
Muitos pais e mães desconhecem ou se confundem como identificar se a criança está febril. Vale lembrar que é importante e necessário as visitas regulares ao pediatra e, em quaisquer sintomas crônicos de possíveis doenças, procure um pronto atendimento. Abaixo simplifiquei as indicações de temperatura e o que representam:

·         35ºC ou menos: hipotermia
·         36ºC a 37,5ºC: normal
·         37,8ºC a 39ºC: febre
·         39,5ºC a 41ºC: febre alta
·         41ºC ou mais: hipertermia

Recomendações finais:
Só vá ao pronto socorro infantil (PSI) quando de fato a criança estiver com sintomas alarmantes, pois assim, além de evitar longas horas de espera, você a protege de novas infecções. Quando tiver dúvidas, fale com a médica da criança e esclarece-as.




Texto: dra. Fernanda Bombarda – CRM: 95033 – Pneumologia Infantil
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Contribuição Textual: Jornalista Carina Gonçalves - MTB 48326
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