Sarampo

saiba mais sobre esta doença que está de volta

Cada dia que passa aumenta o número de pessoas infectadas pelo vírus



Por Dra. Fernanda Bombarda – CRM: 95033
 Pneumologia Infantil

                                                                                                                                                    
O sarampo é uma doença altamente contagiosa e, infelizmente, está de volta com novos casos a cada dia. Para se ter uma ideia, só em São Paulo, os casos tiveram um amento de 143% em menos de um mês. Esse problema é tão alarmante que tem sido tema de discussão entre governos e comunidades de diferentes estados do Brasil como, por exemplo, em Roraima e no Amazonas. No texto de hoje vou falar um pouco mais sobre este tema.

Sarampo – o que é:  
O sarampo é transmitido pelo vírus Measles Morbillivirus e é potencialmente grave, chegando a contaminar nove entre 10 pessoas não imunizadas contra a doença por meio da vacina.


Transmissão e sintomas:
A transmissão ocorre por meio de pessoa para pessoa através de secreções respiratórias como tosse, espirro e saliva da pessoa infectada para a pessoa saudável. Após o contágio, o vírus fica incubado por cerca de oito a doze dias e pode ser transmitido antes mesmo do aparecimento dos sintomas que são: febre alta (acima de 40cº), corrimento nasal, olhos inflamados, tosse e manchas vermelhas pelo corpo – sua principal característica visual.

            Outros sintomas são percebidos como falta de disposição, conjuntivite, falta de apetite e erupções cutâneas avermelhadas na pele, também conhecidas como exantema. A doença tem início atrás da orelha, espalhando-se pelo rosto, pescoço, membro superiores, troncos e membros inferiores.

Faixa etária de risco:
O sarampo pode acometer qualquer idade, mas é potencialmente perigoso para as crianças menores de cinco anos, pois elas ainda não possuem o sistema imunológico completo. Nesta idade, podem apresentar sequelas como pneumonia, convulsão e até chegar ao óbito.

Outros grupos de riscos, no atual cenário, são crianças e adultos de até 39 anos (trabalhadores de hotéis, portos e aeroportos, profissionais de saúde e àqueles que atuam com pessoas oriundas de outros países como imigrantes e refugiados).



Proteção – Vacinação:
A única e maior proteção contra esta doença é a vacinação, que é incluída no calendário vacinal do Sistema Único de Saúde (SUS) e nas redes particulares. Existem três tipos de vacina que ajudam a combater o contágio em 90% dos casos, que são elas: vacina dupla viral que imuniza contra o sarampo e a rubéola; a tríplice viral combinada que imuniza contra rubéola, sarampo e caxumba; e a tetravalente, que imuniza contra sarampo, caxumba, rubéola e catapora.

A primeira dose da vacina é dada até um ano da criança. A segunda dose deve ser aplicada entre quatro e seis anos. Adolescentes e adultos que não têm certeza se já tomaram as doses na infância devem procurar um posto de saúde ou laboratório particular para melhores informações sobre a vacinação – tríplice viral ou dupla viral (sarampo e rubéola.

Tratamento:
Quando houver suspeita de casos de sarampo, a pessoa deve ser levada para o hospital, onde receberá atendimento médico e, se necessário, a realização de exames para o diagnóstico correto. Após, é isolada e mantida sobre observação para controle dos sintomas. Os cuidados, geralmente, são relacionados ao controle da temperatura, administração de medicamentos para outras patologias associadas como, por exemplo, pneumonia e, até, a reposição de vitamina A.

Recomendações finais:
Os pais devem ter em mente que todas as vacinas são importantes para o controle de doenças e a falta delas coloca em risco suas crianças e outras pessoas, além do seu círculo de convivência.

As vacinas não promovem a manifestação do vírus ao qual se propõe a combater. Pelo contrário, mesmo que a pessoa contraia a doença viral após a vacinação, a mesma se manifesta de maneira branda, sem grandes consequências ou sequelas.
                                                                                                                                   
Na dúvida, procure o seu médico de confiança e ou vá a um posto de saúde/laboratório para esclarecimentos e indicações de vacinas no calendário nacional.


Texto: dra. Fernanda Bombarda – CRM: 95033 – Pneumologia Infantil
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Contribuição Textual: Jornalista Carina Gonçalves - MTB 48326
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