Artigo:
Por Elisabete da Cruz
Toda mulher que decide ser mãe, casada ou solteira, já demonstra grandes sinais de espírito empreendedor.
Assim que o desejo da maternidade desperta, inicia seu planejamento estratégico criando um plano de ação com metas a curto, médio e longo prazo, plano mídia via redes sociais e por vezes materiais impressos com direito a tarde de pré lançamento, gera planilhas com números de horas a serem trabalhadas incluindo horas extras e adicionais noturnos, contrata equipe especializada.
O planejamento vai dando sinais de preocupação à medida que o seu grande sonho está prestes a se realizar.
Uma mistura da certeza de sua escolha com o medo do desconhecido. Será que darei conta do meu novo negócio?
Investimento inicial e capital de giro a postos para qualquer emergência além de muito amor até a completa solidificação de seu empreendimento.
Neste longo percurso, passamos por crises existenciais, dificuldades financeiras, noites sem dormir e por vezes pensamos até se realmente fizemos um bom negócio!
Mas esta sensação é totalmente fruta da exaustão e das aflições que o desconhecido nos oferece, logo vêm novas estratégias para que o negócio prospere, se solidifique e lhe traga milhares de alegrias. Ao ponto de você pensar que abri uma filial seja possível ou quem sabe uma rede de franquias, afinal… Valeu muito a pena!
Ter seu próprio negócio também é ser um pouco mãe.
Você sonha, planeja, concebe, mostra aos quatro cantos do mundo sua própria criação. Fruto de todo seu amor e expectativas positivas. Algo que veio de dentro de você, carregando todas suas habilidades e competências.
E aí, surgem as primeiras noites em claro, as dificuldades financeiras provenientes da instabilidade do mercado. Mudanças de estratégias, criatividade, perseverança.
Muitas vezes você chega a pensar que deveria ter ficado na sua zona de conforto, com sua vida estável e seu emprego fixo até ele te dar o primeiro sinal de amor. Um simples olhar fixo de encantamento.
Ser mãe empreendedora ou ser uma empreendedora mãe é muito parecido, perfeitamente possível de adaptação.
Filhos precisam de mães felizes e realizadas com suas escolhas para crescerem fortes e saudáveis. Empresas também.
Filhos precisam de atenção e dedicação, tiram seu sono, faz você repensar na vida como algo maior, algo que realmente faça sentido. Grandes empresas também.
Criamos em nossos filhos inúmeras expectativas, traçamos objetivos e desejamos seu crescimento sólido e próspero. Para nossas empresas também.
E assim, de maneira quase que orgânica, os filhos farão parte de sua história, lhe darão o alicerce para prosseguir e persistir.
Afinal, uma empresa é mais um filho, e no coração de mãe, sempre cabe mais um!
Sobre Elisabete da Cruz - Mãe de três filhos, educadora, autora e diretora da Eloin, empresa de projetos educativos e saídas pedagógicas focada em educação pela experimentação por meio da cultura e da sustentabilidade.
Fonte: assessoria de imprensa