Saúde - Glaucoma

Visão turva, dor de cabeça e olhos pesados? 
Atenção, você pode estar com glaucoma

O glaucoma é hoje a maior causa de cegueira irreversível no mundo; tratamentos alternativos auxiliam na prevenção e evitam cirurgia


Os números em torno do glaucoma são preocupantes em todo o mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde, esta é hoje a terceira maior causa de deficiência visual e a segunda maior causa de cegueira – independente da população avaliada, tanto em países desenvolvidos como nos mais pobres. Entre as causas de cegueira irreversível, o glaucoma ocupa a primeira posição. Estima-se que atualmente existem cerca de 285 milhões de pessoas com deficiência visual em decorrência do glaucoma; deste total, 62% tem mais de 50 anos. No Brasil, o glaucoma atinge, aproximadamente, 1 milhão de pessoas.

A boa notícia é que tratamentos considerados “alternativos” pela medicina podem contribuir para a melhora da visão. “Tenho pacientes que melhoraram a sua acuidade visual (capacidade de perceber a forma e o contorno dos objetos) após tratamento com acupuntura e micronutrição. Mas não somente com a medicina complementar, e sim em conjunto com a medicina convencional”, relata Karla Tratsk, médica oftalmologista, de Santo Amaro da Imperatriz (SC).

Segundo Karla, os tratamentos convencionais, como o uso de colírios para controle da pressão ocular, são eficazes, mas não previnem e nem revertem o quadro clínico. “Penso que os tratamentos alternativos podem, inclusive, potencializar a função dos colírios hipotensores”, ressalta a doutora em Oftalmologia pela Universidade de Münster, na Alemanha.

O glaucoma tem como característica levar as células condutoras do estímulo da visão à morte, deixando sequelas como a cegueira irreversível. “Com o tratamento complementar podemos salvar as células que estão ‘no caminho da morte’, que ainda têm chance de viver mas que já são consideradas ‘mortas’ por estarem com suas funções comprometidas”, explica.

Tratamento personalizado

Os tratamentos complementares variam de paciente para paciente. Segundo a médica, alguns precisam gerenciar melhor seus níveis de stress, outros necessitam passar por uma desintoxicação ou há ainda quem precise de mais oxigenação celular. “Cada caso é um caso. Ainda não se sabe ao certo porque uma pessoa adoece de glaucoma. São vários os fatores de risco, por isso não podemos, ainda, evitar a chegada, mas é possível otimizar o tratamento unindo a medicina convencional e a medicina complementar”, salienta a especialista.

Sintomas

Visão turva, halos ao redor das luzes, sensação de peso sob e/ou atrás dos olhos, cabeça “pesada” pela manhã e diminuição do campo de visão são alguns dos sintomas percebidos. Em casos agudos, o paciente pode apresentar uma dor intensa na região frontal, que irradia para a nuca – normalmente essa dor é confundida com a enxaqueca, além de poder estar acompanhada de vômitos. Alguns fatores de risco devem ser observados: idade avançada, quem já possui histórico da doença na família, afrodescendentes e alterações da pressão arterial.

Tabagismo e stress como agravantes

O tabaco pode influenciar o surgimento ou agravamento do glaucoma, pois o cigarro diminui o calibre dos vasos – e o glaucoma é uma doença dos vasos do olho. Então, se a pessoa já tem pré-disposição a problemas vasculares, o uso contínuo do tabaco aumenta a probabilidade da incidência. 

Como acontece com outras doenças, o stress também é fator de risco. “Quando não gerencio bem o stress, deixando que seja mais forte que o meu equilíbrio, ele (stress) faz com que eu esteja sempre em estado de vigília, o que provoca a liberação de adrenalina e causa vasoconstrição nos vasos sanguíneos e, consequentemente, estreitamento dos mesmos”, explica.

Progressos

Mesmo que os números ainda assustem, há sim muito o que comemorar. Além dos avanços dos métodos convencionais, que controlam a progressão do glaucoma e vêm reduzindo o número de cirurgias, o auxílio das técnicas complementares tem resgatado as células atingidas pela doença que ainda possuem potencial de recuperação. “Algo difícil de imaginar há 15 anos”, lembra Karla Tratsk.

Fonte: Atré Comunicação Personalizada