Tecnologia por trás da fabricação da água ultrapura garante contaminação zero e segurança total

Ronaldo Gustavo de Agostino*


Num momento em que tantas esperanças estão depositadas nas vacinas em desenvolvimento contra o coronavírus, e diante da desinformação que faz desconfiar da procedência e eficácia desses produtos, nunca é demais salientar o compromisso com a excelência de toda a cadeia produtiva da área farmacêutica.

Em primeiro lugar, você tem ideia da tecnologia envolvida no preparo da matéria-prima mais usada nesse setor – a água? Existem graduações para sua pureza, cada uma com propriedades específicas e destinadas à indústria farmacêutica, alimentícia, cosmética e de biotecnologia.

Além das qualidades de água purificada (Purified Water, ou PW) e água para injeções (Water For Injection = WFI), também existe, desde 2002, a água de alta pureza (High Purified Water = HPW). Essa última atende exigências qualitativas da água WFI, mas sua produção não é restrita ao sistema de geração por destilação.

Para que essa matéria-prima seja isenta de qualquer impureza, as válvulas utilizadas na produção devem ser 100% drenáveis, ou seja, quando o produto é esvaziado, não pode restar nem um resíduo de fluido ou agentes químicos nas linhas que possam se tornar foco da ação de microrganismos.

A obtenção desse resultado envolve o uso do correto material na fabricação das válvulas, o design do contorno da sede, estudos e cálculos para total drenabilidade, o que é essencial para clientes do ramo farmacêutico, alimentício e de biotecnologia.

A água HPW pode ser produzida de forma mais econômica por meio de processos de filtração por membranas. Em processos nos quais só há contato indireto com o produto, como na limpeza de determinadas partes do sistema ou na lavagem de recipientes, poderá ser utilizada a água PW. A água HPW no entanto, é utilizada na produção de preparativos ou nas operações de lavagem final.

Na obtenção de água HPW, existe um processo de ultrafiltração como última etapa, a fim de garantir a qualidade microbiológica da mesma.

Outro insumo muito usado nessa indústria, a água purificada requer processos menos rigorosos, a depender do produto final. Ainda assim, trata-se de um sistema complexo: na preparação de água PW é frequentemente utilizada a separação por membrana e trocador iônico, e por meio da eletrodesionização (EDI) são combinados esses dois métodos. Para tal, é aplicada uma tensão de corrente contínua para eletrodiálise, e, através da superfície de resina, os íons passam pelos diafragmas especiais semipermeáveis, que os retêm de acordo com a sua carga.

Esses são alguns exemplos de processos que atestam o nível de profissionalismo e segurança presentes nas produções farmacêuticas. É importante também que toda a cadeia industrial assuma sua parte no compromisso com entregas no prazo e condições justas para o contínuo desenvolvimento desse setor no país.


*Ronaldo Gustavo de Agostino é engenheiro mecânico e coordenador de vendas da área PFB (farmacêutica, alimentícia e de biotecnologia) da GEMÜ Válvulas, Sistemas de Medição e Controle.


Sobre a GEMÜ - A filial da multinacional alemã criada por Fritz Müller na década de 1960 disponibiliza ao mercado brasileiro válvulas de extrema eficiência e qualidade. A planta situada em São José dos Pinhais (PR), que conta com 100 colaboradores e completa 40 anos em 2021, produz válvulas e acessórios para o tratamento de água e efluentes em indústrias de todas as áreas, como siderurgia, fertilizantes e setor automobilístico, bem como para integrar sistemas de geração de energia. Na área de PFB (farmacêutica, alimentícia e biotecnologia), a GEMÜ é líder mundial e vende para toda a América Latina produtos de alta precisão, com atendimento local, além de consultoria com profissionais capazes de orientar na escolha da melhor solução em válvulas para cada aplicação. Mais informações: https://gemu-group.com/pt_BR/


Fonte: assessoria de imprensa