Câncer de Mama

 Vamos falar sobre este mal que acomete mais mulheres e 

tem cura quando diagnosticado precocemente

 Por Carina Gonçalves

Basta um toque mais delicado para mudar tudo em um piscar de olhos. Outubro rosa é o mês de prevenção ao câncer de mamas, uma doença que acomete uma a cada 12 mulheres com até 90 anos de idade e, para alguns casos pode ser fatal quando não diagnosticado e tratado à tempo. O câncer de mamas é uma doença quase que exclusiva do gênero feminino, com maior frequência entre os 40 e 69 anos, mas podendo se manifestar em qualquer faixa etária, especialmente quando existe pré-disposição genética.

O tema é delicado, causa medo e insegurança para muitas mulheres, sobretudo para as que não possuem acesso à saúde de qualidade e passam meses à espera de uma mamografia e tratamento após confirmação do diagnóstico. Muitas perdem a triste “batalha” antes mesmo da primeira quimioterapia, sem esperanças, sem fé e sem a devida atenção que mereciam como mães, esposas, amigas, irmãs e mulheres!

Precisamos falar sobre o câncer de mamas e alertar o maior número de mulheres para perceberem os sinais que o corpo apresenta quando há a doença. Entre os principais sintomas, talvez o mais conhecido de todos, há presença de nódulo ou caroço nos seios, mas, também há secreções com sangue na região do mamilo, deformação na estrutura dos seios, na textura dos mamilos e mamas com a pele escurecida, enrugada e aparecimento de feridas.

Não é algo desejado, tão pouco fácil de assimilar. Mas, quando diagnosticado em tempo, é possível de se vencer e torná-lo em um bumerangue para sonhar novamente. Este é o exemplo de Vanessa Pessôa da Silva, que foi diagnosticada com câncer de mamas em 2016, no auge de seus 30 anos.

Foram dias difíceis e tristes. “Quando recebi o diagnóstico, foi a pior notícia do mundo, eu pensava em um monte de coisas enquanto a médica falava e não conseguia assimilar nada”, relata Vanessa. Saber que tinha câncer de mama, sendo a única mulher na família com este diagnóstico, foi como uma rasteira da vida, no qual, momentaneamente a fez pensar na morte, nos sonhos que deixaria de viver e na luta que enfrentaria para a sua cura.

Vanessa, assim muitas outras mulheres, percebeu que algo não estava bem no autoexame.  No início, surgiu um carocinho pequeno, que com o tempo foi crescendo, ficou vermelho e quente por alguns dias. Seu sexto sentido a fez buscar ajuda da ginecologista e mastologista, que lhe ofertou todo o aporte e orientações sobre o que deveria fazer. Deu início no tratamento com a mastectomia total, simetria e reconstrução. Não precisou de quimioterapia ou radioterapia. Segue tomando o bloqueador hormonal para sua tão sonhada remissão. A cada semestre, refaz os exames e mesmo com medo, ansiedade e nervosismos inerentes à doença, permanece firme em sua força nestes quase 4 anos de muito aprendizado e perseverança.

O medo de morrer e de não conseguir vencer o câncer não a fizeram perder seus sonhos. Hoje, Vanessa é exemplo de superação, leva a informação sobre o câncer de mama para centenas de mulheres por meio de palestras, vídeos, lives e canais na web. “É importante falarmos sobre o câncer de mama e quebrar tabus. As mulheres devem perder o medo de realizar o autoexame, fazer os exames periódicos, procurar ajuda e, principalmente, ter alguém do lado que possa contar para desabafar e chorar nos momentos difíceis!”, enfatiza. A prática de atividade física e redes de apoio ajudam muito durante os efeitos colaterais dos tratamentos. “Saber lidar com a doença é importante também para a recuperação!”, conclui Vanessa.

Sabemos que o quanto antes o diagnóstico de câncer de mama for feito, mais chances de cura teremos. Façam o autoexame, realizem os exames com frequência e ao menor sinal de anormalidade nos seios, procure ajuda médica.

 

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