Sarau Musical irá ser realizado no CIC Norte
 com a participação de artistas regionais da capital de SP


Evento será realizado no dia 19 de janeiro a partir das 14h

Para o projeto Música no CIC Norte inscrito no programa VAI II da prefeitura de São Paulo, o ano se inicia a todo vapor na realização do seu primeiro Sarau Musical do ano, evento este contará com a participação de vários artistas regionais com diversos gêneros musicais e também com a ilustre presença do coletivo Bando Jaçanã.

O Coletivo Bando Jaçanã teve seu início em 2015 através do “Projeto espetáculo” idealizado  pela  Fábrica de Cultura Jaçanã, e aos poucos o coletivo foi tomando forma adentrando á novos espaços e tendo novas experiências . O primeiro espetáculo realizado foi "Bando Jaçanã" (2015), "A Cidade e as Mulheres" (2016) e "Oniri Ubuntu - Tempo de Sonho" que é o espetáculo que finalmente rompe o ambiente da fábrica e começa a circular por outros espaços. A formação do coletivo começou com o desejo de conseguir passar discursos das peças com mais pessoas, pois os temas abordados se tratavam a respeito de liberdade, feminismo, patriarcado, continente africano (berço da humanidade), genocídio negro e muitos outros temas trazendo para discussão de pautas que talvez não estejam tão presentes no cotidiano. E essa vem sendo a principal motivação do coletivo, de conseguir levar as pessoas esses discursos importantes para frente, democratizando a cultura e as informações, trazendo assim a cultura afro-brasileira para frente do discurso, e desmistificando as questões ligadas ao preconceito entrelaçadas a ela.

A peça que o coletivo irá apresentar ao público busca trazer a mensagem de que a África não era um continente pobre, mas sim governada por Rainhas que resistiram bravamente à escravidão e a colonização, mostrando que os negros não foram só escravizados, mas deixando evidente a sua luta e resistência nesse processo, e que ao contrário do que mostram, a civilização africana se tratava de ser um povo muito evoluído nas artes e tecnologias de sua época pré-colonial, mostrando a conexão do passado com o presente, de como os negros eram inferiorizados e mortos e que infelizmente pouco mudou nos dias de hoje. Com essas mensagens transferidas esperamos que o público compreenda que o genocídio é uma herança drástica daquilo que houve no período de colonização, e o nosso objetivo é trazer a consciência para aqueles que sofrem preconceito pela cor de sua pele, que todos eles possam resistir e lutar pelo lugar de fala e direitos na sociedade.

As apresentações serão na nova arena grega com capacidade para 400 pessoas, após as apresentações todos poderão confraternizar com os comes e bebes oferecidos no evento.