Empresa Familiar – Problemas e
Soluções
O empresário e a empresa não são a mesma coisa e muito
menos a mesma pessoa!
Por
Rafael Nunes / Facilitare Coaching
Ao falar sobre empresas
familiares é comum idealizarmos a imagem de parentes atuando profissionalmente
dentro de uma instituição, sempre, de maneira harmônica e convivendo como se
estivessem em reuniões de aniversário, por exemplo. No entanto, vale ressaltar
que na prática não é bem assim que funciona.
Depois de visitar diversas
empresas familiares, pude constatar alguns problemas comuns à todas elas e, com a bagagem e
experiência profissional que possuo, posso sugerir soluções possíveis e
aplicáveis em cada uma delas. Mas antes disso, ressalto que é extremamente
necessário entender que o empresário e a empresa não são a mesma coisa, muito
menos, a mesma pessoa. As responsabilidades de um e de outro são muito
diferentes, assim como o dinheiro, o patrimônio, os direitos e
deveres!
E é, também, verdade que o
empresário é responsável por fazer com que a empresa evolua, lucre e cumpra com
suas obrigações, no entanto, a empresa e empresário são duas
entidades diferentes e separadas, o que promove muita confusão e conflitos de
interesses entre as partes. Outro ponto necessário a destacar é que o
empresário não tem obrigatoriedade de empregar toda a família em sua empresa!
Antes de tudo, é preciso entender as necessidades dos familiares e também as
necessidades da empresa!
Agora que comentei sobre algumas das principais razões para os problemas em
empresas familiares, vou esclarecer de maneira sucinta alguns tópicos
considerados mitos e verdades.
1 – Definição de Pró-labore
Normalmente o empresário
familiar não possui um pró-labore definido, pois falha em mensurar quanto vale
o seu trabalho. O que acontece, em geral, é que o seu salário é igual ao que
sobra no caixa da empresa no final do mês e, ou ainda pior, o salário é igual à
soma de todas as suas contas pessoais! Um erro comumente complicador para as finanças empresariais e
pessoais. Para evitar problemas, o ideal é que todos os familiares que
trabalham na empresa tenham seus salários/pró-labores definidos e o recebam na
mesma data aos de todos os outros funcionários.
2 – Misturar Contas Pessoais e Empresariais.
Lembra que a empresa e
empresário não são a mesma pessoa? Logo, as contas bancárias também não podem
ser as mesmas! Utilizar a conta
bancária da empresa para efetuar pagamentos pessoais complica o controle do que
é gasto institucional ao que é gasto do empresário. Decorrente desta ação, o
cálculo preciso da lucratividade da empresa pode não ser viabilizado ou até mensurado.
Como solucionar? A saída para este problema é óbvia: cada sócio deve ter uma
conta bancária separada e a empresa realiza a transferência mensal do
pró-labore do empresário e, quando combinado, o repasse da participação nos lucros.
Não pode haver fluxo constante de dinheiro indo e vindo entre essas contas.
3 – A Profissionalização
Há uma ideia geral de que o
empreendedor é aquele cara que faz tudo dentro da sua empresa: faz as vendas,
atende o cliente, é o diretor de marketing e diretor financeiro. Enfim, é o
responsável por tudo que acontece. Sinceramente, não sei de onde surgiu tal
ideia. Na verdade, é absolutamente impossível ser bom em tudo o que tange a
administração de uma empresa e isso é sentido depois de dolorosas perdas,
quando o empresário ou dono de uma empresa familiar se conscientiza disso. O
próximo problema a ser tratado é saber quem o empresário deve contratar.
Aquele familiar desempregado que não faz a menor ideia de como realizar as
atribuições do cargo que lhe é dado ou alguém qualificado para exercer a função corretamente? Reflita e convenhamos, não é porque a
pessoa é um parente seu que você pode contratá-lo para exercer qualquer função
em sua empresa.
4 – A Hierarquia
Em empresas familiares, ainda, existe falta de hierarquia. Enquanto familiares, as
pessoas se sentem mal por serem contrariadas por alguém da própria família e em determinados momentos, não se
atentam ao fato de que quem está “mandando” ou
corrigindo sua conduta ou o
trabalho executado é o seu chefe
e não um familiar. Solução: estabelecer claramente as regras de relacionamento
na empresa indicando que são diferentes daquelas
exercidas dentro da família. A regra vale tanto para o subordinado,
quanto para quem detém o cargo de chefia, afinal, a postura do chefe deve ser
de liderança, porém, igualmente adequada ao ambiente empresarial e às relações
de trabalho.
5 – Correr atrás dos problemas
Em empresas familiares, em geral, as pessoas correm o tempo todo atrás de
soluções de problemas que surgem um atrás do outro e não há “folga” para que o
empreendedor e ou empresário consiga realizar possíveis estratégias. Solução: o
empresário deve parar por um tempo e olhar de fora o problema, sem interferir
na execução. Assim será possível criar metas e procedimentos para aplicação de conduta de forma eficaz,
sem perda de tempo.
6 – Transição
Este é um dos tópicos mais
polêmicos, pois muitos pais acreditam que podem sair de cena na empresa
a qualquer momento, só porque os
filhos trabalham nela e, muitas vezes, não se planejam para deixá-los tomar
conta e ou ao menos prepará-los para assumir tamanha responsabilidade. Há ainda
o fator de não saberem também se os filhos almejam ou não tais cargos. Solução: criar
diálogos francos entre as partes, abordar interesses, vontades e estabelecer um
calendário sobre como e quando as coisas podem acontecer. Criar um planejamento
possível de ser aplicado ao longo de um período antes da substituição de
administradores.
7 – Conclusão:
Para o bom funcionamento de empresas familiares é
interessante criar regras e colocá-las em prática como em qualquer outra
instituição. É necessário estabelecer metas e considerar fatores primordiais
sobre o talento de cada familiar e como podem contribuir efetivamente para o
crescimento da empresa como um todo.
Sobre Rafael Nunes: graduado
em direito pela PUC-SP e pós-graduado em Administração de Empresas pela FGV,
Rafael Nunes é empresário e decidiu seguir o caminho do empreendedorismo. Seu
currículo é ainda composto por certificados de Personal & Professional
Coach e Executive & Alpha Coaching pela SBC - Sociedade Brasileira de
Coaching. Participou também do Fórum Internacional de Negócios e Coaching de
2016 e atualmente é facilitador de cursos de empreendedorismo direcionados ao
desenvolvimento e capacitação empresarial, inclusive o curso EMPRETEC,
ministrado pelo SEBRAE. Possui experiência como Coach em diversos segmentos
voltados para quem sonha em ter seu próprio negócio, empresários com suas empresas
já constituídas, colaboradores cuja meta é ser promovido ou mudar de empresa,
jovens que buscam entrar no mercado de trabalho, atletas que buscam melhor
desempenho, atletas profissionais, entre outros casos mais específicos. Todo o
seu estudo e experiência são transferidos à Facilitare Soluções, empresa da
qual é sócio-diretor e está à frente em todas as ações, tornando à empresa
capacitada para oferecer soluções ideais e possíveis para os seus clientes.
Para contratar ou solicitar informações: 11-4564-3761 / contato@facilitarecoaching. com.br / www.facilitarecoaching.com.br
Sobre a Facilitare Coaching:
Empresa que atua com processos de Coaching para todos os níveis de
colaboradores, inclusive para sócios ou proprietários do negócio. Preza acima
de tudo pela ética, transparência, honestidade e respeito, não apenas para seus
clientes, mas, também, por seus fornecedores, colaboradores, concorrentes e
pela sociedade como um todo. Tem como proposta principal contribuir de maneira
positiva para um mundo melhor e mais próspero a partir de seus produtos e
serviços focados para empresas e profissionais de diversos segmentos. Para Rafael
Nunes, sócio-diretor da Facilitare Soluções, “uma das formas disso acontecer é
quando pequenas e médias empresas obtêm sucesso e seus colaboradores, mesmo
aqueles de grandes empresas, conseguem se desenvolver e atingir seus
objetivos”.
Informações para a Imprensa:
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Escrita / Agência JCG Comunicação e MKT
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