Saiba mais sobre Crupe Viral e Bacteriana

Crupe Viral e Bacteriana

Com um nome pouco conhecido pelos leigos, a doença é mais comum do que imaginamos



Por Dra. Priscila Zanotti Stagliorio

Com sintomas parecidos ao de doenças respiratórias como gripes e resfriados, a Crupe ou Laringotraqueobronquite viral ou bacteriana é transmitida pelos vírus Parainfluenza (tipo 1, 2 e 3), Enterovírus, Vírus do Sarampo, Rinovírus, Adenovírus, Mycoplasma pneumoniae, Influenza A e B, e o vírus respiratório sincicial.
As vítimas desta enfermidade estão na faixa etária de 6 meses a 7 anos de idade, com possibilidade de maior incidência aos 18 meses. Embora trata-se de uma infecção comum no outono e inverno, também se manifesta durante o verão e a primavera.

Entenda o que é Crupe:
A Crupe compromete as vias aéreas superiores e inferiores, apresentando tosse, rouquidão e dificuldade de respirar. Os sintomas tendem a piorar a noite e entre os cuidados mais importantes é manter a criança calma para evitar o choro e, assim, evitar o aumento da pressão torácica negativa gerando possível esgotamento do aparelho respiratório. Em outras palavras, a criança pode ter dificuldade em respirar e à medida que se desespera, pode ocorrer complicações que precisem de atendimento emergencial. 


Contágio:
O contágio se dá pelo ar, por meio da inalação de gotículas de saliva (espirro e tosse), ou contato com objetos infectados. A Crupe responde por cerca de 1,5% a 6% das doenças do trato respiratório na infância, com maior número de casos no outono e inverno, mas pode se manifestar durante o ano todo.

Sintomas:
A doença inflama a laringe, brônquios, bronquíolos, traqueia e parênquima pulmonar, causando desconforto respiratório. A maioria dos casos dura em torno de 3 ou 4 dias, resolvendo-se espontaneamente. A hospitalização é indicada nos casos mais graves com persistência ou agravamento da insuficiência respiratória, fadiga, taquicardia, cianose ou hipoxemia e desidratação.
Nos três primeiros dias, após a infecção, a criança pode apresentar febre baixa, tosse leve e coriza (nariz escorrendo). Ao longo de uma semana ou menos (variando de individuo para outro), os sintomas ficam mais agressivos e comprometem as vias respiratórias, com desconforto intenso, tosse “de cachorro”, chiado no peito ao respirar, rouquidão e muita dificuldade de respirar e, principalmente, inspirar.

O que fazer:
Aos primeiros sinais de infecção, é importante observar as condições gerais da criança. Como já dissemos, os sintomas podem confundir com outras doenças como gripe, asma e até resfriados. Fique alerta, pois a obstrução das vias respiratórias pode ser perigosa.
Quando a criança apresenta dificuldade em respirar, mantenha-a calma para que não chore e aumente a ansiedade dificultando a inalação de ar. Coloque a criança no banheiro com o chuveiro ligado para fazer vapor e melhorar a respiração enquanto tenta falar com o médico pediatra de costume. Se a crise for superior ao período de 10 minutos, prepare-se para ir ao pronto socorro infantil e receber atendimento imediato, com possível solicitação de exames, raio x e aferição das condições físicas da criança.


Tratamentos:
A Crupe é mais comum pela infecção viral e o uso de antibióticos só é recomendado no quadro bacteriano. O tratamento corresponde ao diagnóstico identificado pelo médico. Em geral, o acompanhamento pode ser feito em casa, com cuidados comuns e essenciais para a qualidade de saúde da criança. Evitar exposição ou atividades que comprometam as vias respiratórias é importante nos períodos de crise e durante alguns dias após as melhoras dos sintomas. Manter os ambientes limpos, com renovação do ar (janelas abertas) e vaporizadores pode fazer diferença na recuperação e, também, para evitar novos colapsos.


Considerações finais:
Nunca automedique a criança ou tente utilizar inalações caseiras sem prescrição médica. Ao iniciais sintomas de falta de ar ao respirar e inspirar, tente falar com o médico de costume, caso não tenha êxito, vá para o hospital, mas mantenha a criança calma (dentro do possível) para não piorar o quadro.


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Sobre Dra. Priscila Zanotti Stagliorio
É médica pediatra há mais de dez anos, atua na zona norte de São Paulo, em consultório particular, no Pronto Socorro do Hospital São Camilo – unidade Santana, e na rede Dr. Consulta – unidades Tucuruvi e Santana. Em seu currículo possui diversas participações em congressos, cursos de especialização e atuações em prontos socorros, clinicas e ambulatórios médicos da grande São Paulo – Capital. Oferece curso personalizado para gestantes e mamães com recém-nascidos, com o objetivo de ajudá-las na mais importante missão de suas vidas: ser mãe. Para solicitar informações sobre os cursos escreva para:  priscilazs@yahoo.com.br / dicasdepediatraemae@gmail.com / contato@jcgcomunicacao.com - coloque no assunto a informação que deseja saber e ou solicitar. O consultório está localizado na Av. Leôncio de Magalhães, 395, Santana- SP / 11- 2977-8697.

Colaboração textual:
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