Sesc Pinheiros recebe o premiado Musical Infantil “Canção dos Direitos da criança”

Espetáculo dirigido por Carla Candiotto e inspirado no clássico álbum de Toquinho e Elifas Andreato abre a programação de 2016 do Teatro Paulo Autran



Dias 8, 9 e 10 de janeiro

Em 2016, o Sesc Pinheiros abre a temporada de apresentações do Teatro Paulo Autran com “Canção dos Direitos da Criança”, espetáculo que conquistou as láureas de Melhor Atuação, Cenografia e Produção na última edição do Projeto São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem – antigo Prêmio Femsa, considerado a maior premiação na América Latina exclusivamente voltada ao teatro infantojuvenil. As apresentações ocorrem nos dias 8, 9 e 10 de janeiro (sexta, às 19h; sábado e domingo, às 18h), com ingressos que vão de R$ 9 (credencial plena) a R$ 30 (inteira). Para crianças até 12 anos, a entrada é gratuita.

Dirigido por Carla Candiotto, uma das fundadoras da companhia Le Plat du Jour, o musical se passa em meio às engrenagens, polias e chaminés da Revolução Industrial. Nesse mundo sombrio, que começa a ser regido pelas máquinas, está o castelo da Rainha Má, onde as crianças, chamadas de “coisinhas” a todo momento, são obrigadas a trabalhar mais do que adultos. Certo dia, não aguentando mais os maus-tratos dos seus superiores, elas resolvem bolar um plano para conseguir mais comida – o que rende cenas cheias de humor.

O recorte histórico da era vitoriana serve de pano de fundo para que o espetáculo traga à tona os princípios expressos na Declaração Universal dos Direitos da Criança, aprovada pela ONU em 1959 e revisitada pelo compositor Toquinho e o artista plástico Elifas Andreato no álbum “Canção de Todas as Crianças”, trabalho lançado em 1987 com dez músicas, uma para cada prerrogativa apresentada no documento. Sete delas – como “Gente tem sobrenome”, “É bom ser criança” e “Herdeiros do futuro” – integram a adaptação teatral de Carla Candiotto, além da clássica “Aquarela”, emprestada do repertório geral de Toquinho. 

Para conceber musicalmente a encenação, a diretora também buscou referências em “The Wall” e “Across The Universe”, filmes inspirados nas obras do Pink Floyd e dos Beatles, respectivamente. Tais referências se evidenciam na passagem em que o elenco marcha sob os versos “Armas de fogo, seria tão bom/ Se fossem feitas de isopor/ E aqueles mísseis de mil megatons/ Fossem bombons de licor”, musicados e coreografados no tom militar dos vídeos de “Another Brick in The Wall” e “I Want You (She’s so Heavy)”.

Para a diretora, um dos desafios do projeto foi criar um enredo de temática tão densa quanto os direitos das crianças sem recair no didatismo – a estratégia adotada foi mesclar subsídios históricos com a linguagem clownesca. Assim, os personagens, todos com trejeitos e personalidade, estimulam a empatia do público: “As crianças acabam se identificando rapidamente com eles”, conta Carla. 

Em cena, há figuras como o rapaz inteligente, mas prolixo, que faz todos os amigos dormirem com suas explicações; a menina cheia de ideias mirabolantes, que se expressa com a linguagem do rap; e o garoto ingênuo e bondoso, sempre escolhido para encarar as aventuras decididas pela turma. Encabeçando o elenco de oito atores está Carol Badra, integrante da companhia Os Fofos Encenam desde 2001 e intérprete da Rainha Má. Sua personagem escapa ao estereótipo de poder e malvadeza de outras histórias infantis. Solitária, vive a conversar sozinha ou com o agressivo cachorro Vulcão. “Ela tem um buraco no peito e isso fez com que se esquecesse da bondade e da alegria de viver”, explica a atriz.

A cenografia, outro aspecto de destaque de “Canção dos Direitos da Criança”, revela técnicas de teatro de sombras, bonecos, máscaras, efeitos diversos, objetos circenses e coloridos, além de incluir elementos que remetem ao plano idílico, como o leão, o elefante e a bailarina. “Das memórias de infância da Rainha surge um circo para transformar a rigidez do reino industrial”, conta o cenógrafo e figurinista Marco Lima. O resultado dessa soma de estímulos é o convite para que o público, independentemente da idade, mergulhe no universo criativo oferecido pela montagem.


Ficha Técnica:
Canções: Toquinho e Elifas Andreato
Texto e Direção: Carla Candiotto
Assistentes de Direção: Fernando Escrich e Bebel Ribeiro
Elenco: Carol Badra (Rainha), Fabiano Medeiros (Menino), Igor Miranda (Faxineiro e Primeiro Ministro), Bernardo Berro (Coisinha), Carolina Rocha (Coisinha), Lucas Cândido (Coisinha), Rennata Airoldi (Coisinha) e Thiago Ledier (Coisinha)
Direção Musical e Arranjos Vocais: Daniel Rocha
Coreografia e Figurino: Roberto Alencar
Iluminação: Wagner Freire – Armazém Da Luz
Direção de Produção: Bel Gomes
Produção: Marlene Salgado - Script Produções
Coordenação Geral: Raul Leite

Serviço:
Canção dos Direitos da Criança
Data: 8 a 10 de janeiro de 2016 (sexta-feira, às 19h; sábado e domingo, às 18h)
Local: Sesc Pinheiros - Teatro Paulo Autran
Duração: 60 minutos
Classificação: Livre
Ingressos: R$ 9 (Credencial Plena: trabalhador do comércio de bens, turismo e serviços matriculado no Sesc e dependentes); R$ 15 (Meia entrada: estudante, servidor de escola pública, +60 anos, aposentado e pessoas com deficiência); R$ 30 (Inteira). Para crianças até 12 anos: entrada gratuita, com retirada de ingressos nas bilheterias das unidades do SescSP. Ingressos à venda nas bilheterias. Limitação: quatro ingressos por pessoa. Não é permitida a entrada após o início do espetáculo.


Sesc Pinheiros: Endereço: Rua Paes Leme, 195.
Bilheteria: Terça a sábado das 10h às 21h. Domingos e feriados das 10h às 18h. 
Tel.: 11 3095.9400.


Estacionamento com manobrista: Terça a sexta, das 7h às 22h; Sábado, domingo, feriado, das 10h às 19h. Taxas / veículos e motos: Matriculados no Sesc: R$ 7,50 nas três primeiras horas e R$ 1,50 a cada hora adicional. Não matriculados no Sesc: R$ 10,00 nas três primeiras horas e R$ 2,50 a cada hora adicional. Para atividades no Teatro Paulo Autran, preço único: R$ 7,50.

Fonte: assessoria de imprensa