Cigarro x fumo passivo para as crianças
Infelizmente este hábito é mais comum do que se imagina


Por Dra. Fernanda Bombarda – CRM: 95033
 Pneumologia Infantil

Muitos adultos que fumam não entendem o mal que fazem ao acender um cigarro no mesmo ambiente que uma criança. Estou falando do fumo passivo, que afeta milhares de famílias e compromete a saúde de todos, pois pode ser, inclusive, até mais prejudicial para a saúde por não ter filtro como o cigarro comum.  No texto de hoje vou falar sobre este tema, tão importante de ser discutido e conscientizado.

Entenda melhor:
            O cigarro é potencialmente cancerígeno, pois concentra mais de 4,7 mil substâncias tóxicas e o alcatrão, por exemplo, é uma das mais cancerígenas na composição, além do monóxido de carbono que agrava a oxigenação no sangue e obstrui os vasos sanguíneos. Os malefícios do cigarro perduram por muito tempo mesmo depois de apagado, pois as substâncias nocivas do tabagismo são expelidas pela pele e respiração, sem relacionar a contaminação do cabelo e roupas.

Crianças x doenças respiratórias decorrentes do cigarro
Crianças e cigarro não combinam em nenhuma situação, ainda mais para àquelas que já possuem algum histórico de doença respiratória, o que as tornam mais sensíveis e potencialmente candidatas à complicações. Segundo o Ministério da Saúde, o fumo passivo eleva em 30% as chances de câncer de pulmão e 24% o risco de infarto e pode ser letal para as crianças.

Saúde x cigarro:
Os riscos para a saúde são imensos para quem convive com fumantes e para àqueles que são “vítimas” do fumo passivo. Entre as doenças crônicas passiveis do fumo e do convívio com as substâncias cancerígenas estão o desenvolvimento de asma, bronquite e pneumonia.  As crianças que são “obrigadas” a viver em meio aos fumantes podem apresentar dores de cabeça, náuseas, irritação ocular, sinusite crônica, falta de ar e tosse, além de falta de concentração, irritação e dificuldade no aprendizado.  

Riscos:
Mulheres grávidas que fumam podem ter a gestação interrompida (aborto) por conta dos agentes tóxicos do cigarro e ou desenvolverem gestação de risco com desenvolvimento do embrião abaixo do peso, fora do útero e com retardo mental. Durante a amamentação os riscos continuam e a síndrome da morte súbita se torna real pelo repasse da nicotina e das toxinas através do leite materno. A fumaça do cigarro se torna três vezes mais agressiva do que o cigarro comum, que possui filtro para o fumante.

Recomendações:
Sei que o vício do cigarro é um dos mais difíceis de se libertar, mas, pense antes de acender um na presença das crianças, que não merecem este mal e tão pouco podem se defender deste mal. Além de deixar a pessoa fedida, o cigarro deixa os cabelos ressecados e a pele amarela, sem falar no efeito negativo para a recuperação de doenças e corta-efeito de medicações. 



Texto: dra. Fernanda Bombarda – CRM: 95033 – Pneumologia Infantil
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Contribuição Textual: Jornalista Carina Gonçalves - MTB 48326
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