Conheça 5 descobertas científicas que estão moldando a neurociência 
Avanços no estudo da neuroplasticidade, personalização de tratamentos e da tecnologia têm transformado a forma como cuidamos do cérebro ao longo da vida 

Diversos estudos e metanálises vêm comprovando a eficácia da reabilitação cognitiva na melhora de funções como memória, atenção e funções executivas em pessoas com demência, transtornos do neurodesenvolvimento, doenças neurodegenerativas e, até mesmo, em quadros psiquiátricos.  
Apoiada por descobertas recentes sobre a neuroplasticidade e pelo avanço das ferramentas digitais, a neurociência tem moldado novas formas de cuidado para públicos de todas as idades, com intervenções cada vez mais personalizadas, eficazes e conectadas à vida cotidiana, de acordo com Martha Valeria Medina Rivera, neuropsicóloga da NeuronUP, multinacional espanhola de neurorreabilitação cognitiva. 
Neste contexto, a especialista indica 5 descobertas científicas que estão transformando o campo da neurociência aplicada à reabilitação. Confira: 
  1. A neuroplasticidade é maior e mais duradora do que se acreditava 
Durante muito tempo, acreditou-se que o cérebro adulto era rígido e incapaz de se recuperar plenamente após uma lesão. Hoje, já se sabe que a neuroplasticidade -capacidade do sistema nervoso de se reorganizar estrutural e funcionalmente -, ocorre ao longo da vida. O cérebro pode criar circuitos, reforçar conexões usadas com frequência e até redistribuir funções entre diferentes regiões. Esses mecanismos são a base da aprendizagem, da reabilitação após danos cerebrais e da prevenção de declínio cognitivo.  
“A neuroplasticidade mudou completamente nossa forma de ver o cérebro. Sabemos hoje que ele pode se modificar e até gerar novos neurônios em resposta a estímulos. Isso vale tanto para crianças quanto para adultos ou idosos em reabilitação”, afirma Martha.  
  1. A reabilitação cognitiva é eficaz e baseada em evidências 
A eficácia da reabilitação cognitiva promovida pela NeuronUP tem sido validada por diferentes estudos científicos, especialmente quando aplicada por meio de programas estruturados e voltados a funções específicas. Esses programas demonstram impacto positivo na autonomia e na qualidade de vida, principalmente quando personalizados e mantidos ao longo do tempo. “A reabilitação cognitiva tem mostrado bons resultados em pacientes em tratamento de comprometimento cognitivo como Alzheimer, esclerose múltipla, Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), deficiência intelectual, sintomas pós-Covid, doença de Huntington, entre outras”, destaca a neuropsicóloga. Esses resultados são evidenciados por pesquisas na área, de forma geral.  
  1. A tecnologia digital amplia o acesso e a personalização 
Ferramentas digitais, como a NeuronUP, possibilitam intervenções remotas e adaptativas, com tarefas ajustadas ao nível do paciente, feedback em tempo real e acompanhamento profissional. O diferencial está no valor ecológico das atividades, ou seja, elas simulam situações da vida real, facilitando a prática dos aprendizados.  
“A ciência tem demonstrado que intervenções bem estruturadas e mantidas ao longo do tempo são eficazes para estimular a memória, a atenção e as funções executivas. E quando usamos ferramentas digitais, conseguimos ampliar o acesso, personalizar o processo e acompanhar os avanços com precisão”, complementa a especialista. 
  1. Intervenções precoces têm impacto duradouro no desenvolvimento infantil 
Com a evolução dos estudos sobre neurodesenvolvimento, tornou-se possível mapear com maior precisão os perfis cognitivos de crianças com TDAH, autismo e dificuldades de aprendizagem. Martha indica que isso permitiu o desenvolvimento de intervenções mais específicas e eficazes, especialmente quando iniciadas precocemente. A neuroplasticidade infantil potencializa os efeitos positivos desses programas personalizados, ao mesmo tempo em que reduz impactos futuros no desempenho e na autonomia.  
  1. A reabilitação cognitiva também é preventiva e atua em diferentes contextos 
Além de tratar lesões cerebrais, a reabilitação cognitiva vem sendo aplicada como forma de prevenção e promoção da saúde mental. Adultos sem diagnóstico clínico, mas com queixas de atenção, fadiga ou memória, têm buscado acompanhamento especializado. O mesmo ocorre com idosos em processo de envelhecimento ativo, que encontram na estimulação cognitiva uma ferramenta para preservar funções e manter a autonomia. A abordagem também se mostra eficaz em quadros psiquiátricos como depressão e ansiedade, que impactam diretamente o desempenho cognitivo.  
“Mais do que melhorar uma tarefa, é preciso que esses ganhos apareçam na rotina, ao lembrar de um compromisso, organizar o dia, lidar com situações reais. Atividades com valor ecológico favorecem essa transparência, consolidando o aprendizado de maneira mais efetiva”, finaliza. 
Sobre a NeuronUP 
Plataforma líder de neurorreabilitação projetada para atuar como suporte fundamental para profissionais envolvidos em processos de reabilitação e estimulação cognitiva. Com presença em mais de 50 países e utilizada por mais de 5 mil especialistas em 2,5 mil hospitais e clínicas, possui sistema de monitorização e gestão de pacientes, que permite ajustar terapias em tempo real para mais de 130 mil usuários ativos, melhorando os resultados e consolidando-se como a plataforma número um na Espanha e na América Latina.